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Não sou ninguém para saber tudo com certeza, mas sei que nunca espararias por mim, porque sentes o medo de perder algo, algo que me impede de te dizer com muita vontade que posso ser eu, posso seu o alguém com um pouco mais para te dar…
Sei que não podes abrir os teus braços para mim como se abrem os meus para ti e tanto te baralham, porque te mostro a todos os momentos este meu mundo de viver com o corpo, com as mãos, com as palavras, mas sempre com o que sinto.
Sei que não sou eu, sei que na hora de te quereres um colo vais olhar p mim mas não serás capaz de pedir, porque uma parte de ti pensa que sou de vidro, uma parte de ti tem medo de me partir, como uma outra parte do meu eu teme quebrar-se não pelo toque, mas por gostar de mais dele…
Acabamos confortados, encostados no que temos, nesta espiral sem cor, mas cheia de energia que no fundo procuramos infortuniamnete entender, explicar e viver de outra forma.
Acabamos assim, sem saber, sem tentar, esticando uma corda, que vai ter de quebrar num instante qualquer, aí vou passar a ser o ninguém que sabe que não devia ter desistido, que não devia ter ficado a ver e devia ter feito mais observar este passar por lá… talvez aí aprenda que só se sabe depois de tentar, que só depois de fazer se pode entender melhor… talvez passe por lá, antes…talvez…