Azar
O meu azar é assim, tal qual como qualquer sorte, porque é o tempo em que existo em que sou…
Embora birrenta, mimada, irritada, com todo o meu rosto e esta expressão a demostrar este meio conflito interior, ali estou pronta para as contrariedades, ali estou com o mimo à flor da pele, em busca de uma qualquer calma, venha ela daqui, de além ou de ti. Venha ela na chuva que cai, na trovoada que ouço, e não me referi só aos trovões que estão cá dentro, mas também a todos os que se fazem no céu lá fora.
Sabes, é estranho, mais uma vez tenho de dizer que é, hoje o mundo parece diferente e mau para mim, o mais menina do que sou, sente-se mal, prestes a fazer uma daquelas birras de supermercado, em bussa do doce qu eme vai acalmar, e mesmo assim tenho espaço dentro de mim a procurar-te, a querer-te, não só para te mostrar o meu sorriso, o meu ser mais adulto, o melhor de mim… estou outra vez assim , meio despida, deixei o casaco perdido por ai, e estou assim, diante dos teus olhos, que vou pedindo para que me vejam…estou eu agora a pedir colo, amparo, a pedir o teu abarço…
Sei que não devia pedir nada, não devia ser assim, devia estar aqui com o meu colo e o meu peito à espera que viesses trazer-lhes calor, devia estar pronta para te ouvir, acalmar, e eu sei que estou, mas hoje, neste azar, que nada mais é que o simples girar desta minha vida quotidiana, quis ter-te presente, estiveste aqui, quis buscar-te para te mostrar este meu pior, este ,meu infantil jeito de ser menina de birra e amuo, de mimo e mais mimo…porque eu também sou assim e porque quero muito que passes por lá..