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Uma família de 3

Uma família de 3

Bullying aos 36 anos? Sim. É possível.

16.01.2020

A Mãe é que sabe

Sofrer de bullying aos 36, sim pode acontecer.
bullying |búlingue| 
(palavra inglesa)

Conjunto de maus-tratos, ameaças, coacções ou outros actos de intimidação física ou psicológica exercido de forma continuada sobre uma pessoa considerada fraca ou vulnerável.

“bullying”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/bullying [consultado em 15-01-2020].

Os motivos podem ser parvos e até descabidos. Posso estar a exagerar no nome que estou a dar a ação que outros exercem sobre mim.

Mas o que podemos chamar-lhe quando o desconforto, a ação continuada nos magoa e nos chega de pessoas que gostamos muito?

Alguém tem sugestões?

Na realidade, não me sinto torturada, não me fecho ou deprimo. Mas às vezes sinto-me realmente vulnerável, mesmo que só por momentos.

Custa-me que as pessoas achem menor que no auge da minha idade adulta, do meu potencial profissional e criativo, escolha a família em detrimento da exigência de uma carreira na minha área.

Não entendam que um trabalho sem flexibilidade de horário, tempo para estar com os meus, ou onde me exijam permanente contacto, mesmo para lá do horário e do trabalho feito, não me traz a serenidade que preciso para ser boa mãe, boa esposa, boa companheira, boa amiga, boa mulher e boa para mim própria! (E vejam que nem me refiro aos salários, porque tudo o resto pode ser mais importante que o tamanho da remuneração.)

Perguntas constantes sobre o que estou a fazer. Emissão de opiniões de pena sobre o facto de não aproveitar as capacidades que me reconhecem, sem nunca, mas mesmo nunca me perguntarem se estou bem, feliz com a minha decisão, magoam.

Magoam, pessoas.

A vossa admiração, as vossas boas intenções, a vossa pena e manifestação da vossa preocupação com este fato da minha vida, magoam-me pessoas queridas.

Já magoaram mais. (Ufa, antes que isso vos preocupe muito.)

Dou menos corda ao tema, procuro o foco noutras coisas, ignoro e muitas vezes desligo, porque agradeço as pessoas que tenho até as que me trazem estas mensagens. Agradeço e filtro também ,por vezes, para que as coisas boas que vejo sejam tão boas como a certeza que tenho de saber o que não quero para a minha vida.

Um dia filho, vão dizer-te que a mãe deixou de trabalhar por ti. A mãe filho, deixou de trabalhar por ela. Tu trouxeste a luz que a mãe precisava para ser uma pessoa melhor. E se alguma vez tiveres dúvidas, pergunta-me que eu respondo!

Marido vão continuar a dizer-te que dependo de ti e vivo às tuas custas. Que sabem as pessoas da nossa vida, das nossas contas partilhadas, dos nossos altos e baixos, das nossas prioridades, da forma como vivemos e pagamos as nossos despesas estes quase 12 anos?

Obrigada pelo suporte às minhas escolhas, pelas aventuras que temos para contar, pela partilha e pela aceitação.

Pessoas, ser mãe, dona de casa, senhora da limpeza, médica, advogada, empresaria, vendedora, viajante, eremita, freira, são opções válidas, são opções de pessoas com as suas crenças e as vidas delas. Num caminho que a elas pertence. Não se preocupem tanto com isso. Alimentem sim os vossos sonhos e as relações que querem manter.

Hoje, posso dizer, que sei algumas coisas que tranquilizam.

Tenho poucos medos. Enquanto puder escolher, escolho o que me faz melhor, e sou infinitamente grata por isso.

Se tiver necessidade e daqui a dez anos tiver de trabalhar dia noite para o nosso sustento o farei em qualquer lugar honesto ou outro lugar qualquer:

Sei também que a mudança é das coisas mais tranquilizadoras, desafiantes é fantásticas do ser humano. Por ter mudado cheguei aqui, posso mudar outra vez e chegar a outro lugar, querer diferente, ser de outra forma e continuar a ser eu.

A vida é de muitas cores. Não somos todos iguais.

Até outros momentos chegarem, por favor, pessoas e mundo, não julguem conhecer os outros pela sua profissão ou ocupação. Não comecem conversas assim : e então o que estás a fazer agora?

Se dão aulas, formações ou workshops não comecem com: digam o vosso nome, idade e profissão.

Já pensaram num :fala um pouco de ti? Ou quem tu és?

Passar por estes momentos de pressão e desconforto com pessoas de quem gostamos muito tem por certo o propósito de nos deixar mais fortes. Lido hoje muito melhor com situações destas do que um dia já lidei. Sei melhor o lugar que ocupam e não é por ser uma mulher inteligente com 36 anos, sem descontar para a reforma, sem um horário a tempo inteiro e que procura desafios profissionais onde pode continuar a ser pessoa, mãe , amiga, mulher, esposa e ter o tempo que precisa para o que gosta, que sou mais triste, infeliz, pobre ou coitadinha!

Da próxima vez que me vires, antes de me perguntares o que estou a fazer agora, pergunta-me se estou feliz (porque te responderei sem medos ou hesitações; porque deixei de ter medo procurar a felicidade e quando ela está mais longe estou algures no caminho que me aproxima dela).

E tu? Como andas?

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Sobre os 3

Carolina Albuquerque, Mãe em construção, a Mulher desta família de 3.

Casei no dia do meu aniversário com o meu companheiro de viagem, o André.  10 anos depois, uma volta ao mundo e mais meio mundo em aventuras de mochila às costas, nasceu o Xavier, um bebé simpático e feliz.

Eu beirã, ele saloio, com um filho alfacinha, vivemos num pequeno T2 em Lisboa, com o Caril, um giro cão de loiça amarelo; diz que por agora é o único animal compatível com os metros quadrados da nossa vida.

Seguimos juntos na aventura maior que é ser pais do Xavier, que em pleno verão de 2017 nos fez nascer de novo a transbordar de um amor infinito.

Fiquem connosco e acompanhem as nossas aventuras! 

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2.Fazer shaka sem mexer a cara ✖️(ainda não foi desta)
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... e foi isto num domingo de boa praia... diz que quarta já chove outra vez!!! Mais alguém foi ao banho? Ou Abril ainda é cedo para vocês?

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tu respiras, 
ele respira, 
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