Embalas-me no tempo!
O meu rosto embargado olha o céu enquanto os meus pulmões revelam o meu respirar mais profundo…
Momento estranho, reflexão imensa, entre algumas lágrimas, porque aqui e ali, tem de existir sal neste caminho, sinto por perto a simplicidade das fatalidades mais pequenas do ser… quase crueldades momentâneas que nos lembram que nestas coisas da vida nem sempre é tudo fácil… verdade é que podia ser triliões de vezes pior!
Eu, o tempo, as coisas ali…
E como o ar mais leve que possa respirar, atiras a mim o teu colo, como que se voasses, envolves-me com os teus braços e ali mesmo no meio da rua dançamos como se o Amanhã fosse a música que toca e o mundo fosse nada mais que já! Saio do chão, e tenho asas!
Embalas-me no tempo, e somos patetas e parvos, e estou descalça a dançar no meio da rua, agarrada a ti, no meio de uma música parva, que nem costumamos ouvir, enche-nos a parvoíce do momento. O meu rosto embargado, se foi… E estou embalada no teu tempo, no nosso tempo, aquele!
Às vezes o amor é simples, fácil, leve, cheira a tempo novo, respira música ruim e danças imensas entre braços e colos perfeitos!
Basta dançar, ter um pássaro para voar e
Sorrir…
Obrigada… E é só isso…