tudo e nada
O tudo e o nada são simples pedaços, são estradas que resolvemos pintar de cores diferentes ou sem cores algumas, são migalhas de um passado, estilhaços de um qualquer presente e réstias de um futuro incerto…
Hoje, não te entendo, e não é porque me faltem as forças, não é porque me falte a vontade, não te endento porque não sei entender-te…
Entras e sais daqui, do que sou, vens como sempre de mansinho, com o sorriso e a malandrice de quem brinca em mim, de quem brinca ai…estás ausente da minha rotina, mas presente e onmipresente nesta minha vida, sabes tanto, quereres sempre saber mais, depois há ainda o que não perguntas, mas o que procuras saber…
Neste cruzamento ocasional de mim, de tim dos caminhos que teimam sempre a aproximar-nos sem nunca nos juntar, há uma princesa encantada, uma paixão, há gente apaixonada, depois há o pote das incertezas, da busca dissimulada, minha, tua, do que sou eu para ti…
As duvidas, o tudo que gostarias que te desse, que frontalmente te dissesse, o para ti que queres ouvir, vagueiam assim, levemente como a chuva que cai de manha sobre um qualquer mar salgado, enquanto não ouves, enquanto não digo, enquanto não sei, enquanto tu vives assim distante, enquanto eu vivo, disparo, enloqueço, sinto e recomeço, vai ficando este sem ti, a que nos habituámos, este sem ti que vamos escrevendo, este sem ti que todos os dias vai, vem, este que vai sendo tudo e que também sabe ser nada, mas constantemente passa por lá…