Ushuaia, uma espécie de fim do mundo!
No dia 19 de Janeiro de 2016, estávamos a sair de Ushuaia rumo a El Calafate.
Já tínhamos pernoitado na casa de uma local muito simpática, que fazia banquetes ao pequeno almoço para os seus hóspedes, (acho que foi o único airbnb em que ficámos com uma mesa sempre posta). Tentado comprar um casaco decente para o André, que achou que uma amostra de kispo era suficiente para uma incursão à Patagónia. Comido uma merlusa (que é como quem diz pescada) grelhada com um sabor único e um cordeiro fantástico, bebido umas garrafas de tinto, Merlot.
Ainda não me tinha aventurado decentemente pelos Alfajores. Mas não demorou muito dias até que perdesse a cabeça.
Ushuaia é a cidade mais a sul do planeta por isso também é chamada de fim do mundo. Não é muito grande, mas descendo de Buenos Aires à Patagónia, era inevitável que fossemos até lá.
No fundo é bem pequenina, um ponto de passagem de poucos dias para turistas. Mas repleta de atrações, tours e muitas empresas a vender as mais diversas actividades. Fizemos algumas.
Visitámos o Parque Nacional da Terra do Fogo, com a icónica estação dos correios do fim do mundo e onde fizemos uma caminhada de 3 horas até à Bahia de Lapataia e ao final da mítica Estrada 3, que atravessa toda a Argentina e faz parte da Panamericana.
Falhámos a visita à Pinguinera e o passeio no meio dos Pinguins, o André ainda hoje não me perdoa, na contagem dos trocos e em plena época alta na Argentina fez-nos hesitar, quando decidimos ir já não tínhamos vaga e não podíamos ficar 5 dias em espera até à próxima vaga. Mas fizemos um tour de barco pelo Canal Beagle, passando pela Isla de los Lobos, onde leões marinhos, vivem livremente, e passámos perto da Isla Marillo, ou Pinguinera, habitat de pinguins-de-magalhães e pinguins-gentoo (tristes por não poder sair do barco para passear com eles… Cá em casa somos fãs de pinguins 🙂 ).
O passeio passa ainda na Ilha do Farol do Fim do Mundo, ou Faro les Eclaireus, construído em 1919. Num dica que vos deixo é que se viajarem entre dezembro e janeiro, mesmo que de mochila às costas e sem muitas coisas planeadas, tenham atenção que em época alta e com restrições turísticas nem sempre é fácil conseguir marcações nos dias que queremos.
Um dica que vos deixo, vão agasalhados, faz frio e muito vento durante esta visita.
Ainda no fim do mundo, subimos ao Glaciar Martial, sim, Argentina para nós significou caminhar, caminhar, caminhar!
Confesso que não foi o lugar mais bonito por onde passámos durante a nossa volta-ao-mundo e lua de mel, mas foi sem dúvida um marco no nosso percurso. Mais uma experiência que vivemos juntos.
Ficámos com vontade de voltar, caminhar com pinguins e porque não apanhar um dos cruzeiros que parte daqui para a Antártica.
Se voltarmos agora seremos 3.
Andamos com muita vontade de ir, enquanto não vamos, recordamos, damos as nossas voltas a rever as fotos. Sonhamos, Revivemos para que um dia possamos mostrar ao mais novo, que o mundo ainda é um lugar seguro para conhecer!
18 de Janeiro de 2016
Até à próxima viagem